Para dar início ao plano de salvação da humanidade, Deus escolheu um povo: Israel. Aquela nação precisava se tornar diferente das outras nações. Se fosse igual, a escolha divina não teria efeito prático (Êx 19.4-6; Ml 3.18). Se Israel fosse um povo comum, ninguém saberia que aquele era o povo de Deus. Logo, sua missão de levar o conhecimento de Deus estaria comprometida.
A lei determinava um modo de vida, maneira de vestir, trabalhar, cultuar, relacionamento social, a alimentação, a higiene. Em tudo Israel demonstrava uma diretriz divina que o tornava especial. Da mesma forma, a Igreja hoje, no papel de povo de Deus, deve ser diferente do mundo. Não me refiro aos usos e costumes em geral, mas às questões morais, caráter, comportamento e espiritualidade.
Ter uma vida em santidade (separado) não quer dizer que somos melhores; mas, com certeza, nos levará a um nível mais profundo de comunhão com o Deus que servimos. Como Igreja de Cristo precisamos a cada dia manifestar a graça por meio de nossas atitudes cristãs. Os discípulos foram chamados pela primeira vez de cristãos em Antioquia porque eram parecidos com seu Mestre, ou, pelo menos, eram diferentes. Mostraram isso certamente em sua maneira de ser, de agir e de cultuar a Deus. Foram desafiados a ser diferentes dos religiosos de sua época.
Manifestar um princípio doutrinário é simples, e também, de certa forma, criar uma teologia e acostumar-se a ela não é muito difícil de se improvisar. Por assim definir, é fácil vermos muitos conceitos teológicos a respeito de Deus. Cada qual faz o que bem entende e diz ser de Deus.
Há tanto sincretismo, ecumenismo, misticismo religioso e algumas bobagens ditas como teológicas, servindo hoje de modelo para se tornar diferente. Porém, o modelo para Israel e para a Igreja é um só. Deus nos escolheu, não por sermos melhores, mas, tendo sido escolhidos, precisamos nos tornar melhores em função dessa escolha. Todo servo de Deus, não importa onde esteja, será confrontado com algum tipo de cultura, incluindo uma mentalidade, uma cosmovisão, um conjunto de crenças e costumes.
Embora toda cultura tenha seus valores legítimos e respeitáveis, também se incluem nesse conjunto muitas práticas pecaminosas que acabam sendo vistas como normais. Entretanto, ser normal não significa ser correto. Se “todo mundo faz”, não significa que o cristão pode fazer.
Deus diz: “Sede santos porque Eu, o Senhor, sou Santo”. Estamos desafiados por Deus a ser diferentes em nossa geração. Ser separados de tudo o que é normal para aqueles que vivem de maneira errada, fora do que diz a Palavra. Que o Senhor nos capacite e nos dê essa correta maneira de ser e de agir. Não é admissível diante de Deus que alguém, dizendo-se filho de Deus, viva como ímpio. Tem um lugar preparado por Deus para aqueles que o honram.
Vamos fazer a diferença!
:: Pr. Adélcio Ferreira