Nestes últimos dias vimos cenas muito tristes. Ouvimos muitas falas e alguns de nós acreditamos em umas e outros em outras. Nos dividimos! Explicações e razões foram expostas e não sabemos com toda certeza quem tem mais razão, embora esteja claro que houve excessos e abusos.Vimos os bandidos agindo, assassinos frios matando e não sabemos ao certo a quem. Mas vidas se perderam. Vimos oportunistas agindo e tornando-se ou revelando-se ladrões, saqueadores impiedosos, que destruíram o negócio de seu semelhante sem nem se dar conta de que era isso que estavam fazendo. Famílias inteiras participando de saques: pai, mãe e filhos! Tudo o que não poderíamos relacionar ao amor foi o que vimos nestes últimos dias aqui em nosso estado.
Embora assustados ou revoltados, como pude perceber alguns nestes dias, todos nós devemos ampliar o quadro representativo da realidade que nos cerca. Precisamos ver com mais clareza o quadro social de que fazemos parte. Vimos a socialização do desamor. Ficou mais clara para nós a expressão usada pelo apóstolo João: “o mundo está sob o poder do maligno” (1 Jo 5.19). Na outra parte do verso ele diz: “Sabemos que somos de Deus” e complementa dizendo “mas o mundo está sob o poder do Maligno”. Que não usemos esse texto para nos separar, mas para nos comprometer. Que não o usemos para nos distinguir, mas para nos ver em missão. Se somos de Deus e o mundo está sob o poder do Maligno, porque estamos aqui e o que devemos fazer?
Nosso estado precisa de vozes que falem e cantem o amor de Deus revelado em Jesus, mas precisam ser vozes que venham de pessoas que vivam os efeitos desse amor. Ao cantar que Cristo muda vidas, devemos revelar nossas vidas mudadas! Devemos falar do amor que conhecemos e devemos demonstrar, com nosso procedimento e atitudes, este caminho, que Paulo chamou de o mais excelente. Ele é o veículo adequado para a mensagem da salvação. Deus amou o mundo e enviou Jesus e é no amor que a mensagem da salvação deve ser propagada.
Devemos fortalecer nossa comunidade de fé com nossa presença, compromisso e serviço. Devemos formar um corpo que seja reconhecido e identificado com o Corpo de Cristo. Há muito a ser feito. Não o faremos sozinhos. O faremos unidos e sob a influência do amor, graça e poder que encontramos em Cristo Jesus.
ucs
