O nadador norte-americano Michael Phelps é considerado o maior atleta olímpico de todos os tempos, ganhador de 22 medalhas, sendo 18 ouros. Chega para as Olimpíadas Rio 2016 na expectativa de ganhar mais algumas. Fora das piscinas ele é um novo homem, tentando deixar definitivamente o envolvimento com drogas que quase destruiu sua carreira. Afirma que hoje segue a Jesus Cristo.
Falando à revista Time, em 2007, comentou sobre sua fé: “Eu acredito em Deus, mas não posso dizer que sou muito religioso. Eu costumava ir à igreja nas datas festivas, mas não vou muito hoje em dia”.
No ano seguinte, viveu o auge de sua carreira, com 8 medalhas de ouro nas Olimpíadas de Pequim 2008. A primeira grande crise veio no final daquele ano, aos 23 anos, quando foi fotografado fumando um cachimbo de maconha, durante uma festa numa universidade americana. A Federação de Natação dos Estados Unidos o suspendeu por três meses.
Já em Londres 2012, voltou a se consagrar com 6 medalhas (4 de ouro e 2 de prata). Após o final da competição, anunciou a aposentaria. Voltou aos holofotes em 2014, quando foi preso numa estrada do Estado de Maryland por dirigir embriagado e em alta velocidade. Perdeu a carteira de motorista e ficou 18 meses em regime de condicional.
Seu técnico, Bob Bowman, lembra: “Ele estava indo por um caminho ruim, e indo rapidamente”.
Longe das piscinas, sua vida estava em frangalhos, lutando contra o alcoolismo. Na época, declarou à imprensa: “Eu não tinha autoestima. Nenhum valor próprio. Eu só pensava que o mundo ficaria melhor sem mim. Então decidi que essa era a melhor coisa a ser feita – simplesmente acabar com a minha vida”.
Logo após o incidente, conversou com várias pessoas. O ex-jogador de futebol americano Ray Lewis era um de seus confidentes. Cristão comprometido, Lewis foi visitar o amigo na casa da mãe dele. Conversaram por horas. Ao ver o nadador nitidamente sofrendo com a depressão, falou-lhe sobre sua fé. Ele garante que naquela noite, Phelps teve um encontro com Jesus.
Uma vida com o propósito mudado
O jogador de futebol presenteou o recordista olímpico com o livro “Uma Vida com Propósitos”, de Rick Warren.
No dia seguinte, Phelps decidiu se internar em uma clínica de reabilitação. O nadador ligou para Ray Lewis dias depois para agradecer. “Este livro me transformou, agora acredito que há um poder maior que eu e há um propósito para mim neste planeta… Salvou minha vida”, comemora. “Quando você chega ao ponto mais baixo de sua vida, se abre para um monte de coisas, tentando mudar isso e voltar ao caminho certo. Eu me rendi”, contou ele à rede ESPN.
O livro de Warren também convenceu Phelps a se reconciliar com seu pai, porque o caminho de Deus sempre passa pela reconciliação. Após 45 dias na clínica e tendo terminado o livro, o nadador decidiu perdoar o pai, que saiu de casa quando ele tinha 9 anos, após oficializar o divórcio. Os problemas de Phelps, segundo ele mesmo, eram causados por essa sensação de abandono pelo seu pai, Fred. Desde então, ele nunca mais bebeu nem usou drogas.
Phelps chega ao Brasil com 31 anos de idade, avisando que competirá pela última vez em alto nível. Esta será sua quinta Olimpíada. Ele entrará nas piscinas nas provas individuais de 100m e 200m borboleta, além dos 200m medley. Se ganhar mais uma medalha, será o mais velho na história da natação olímpica a obter o feito.
Planos para depois dos Jogos? Cuidar da esposa Nicole Johnson e do filho, Boomer Robert, nascido em maio. Com informações de Washington Post e My Christian Daily