Antes de decapitar os reféns, “Jihadi John”, o homem mascarado cujo nome real é Mohammed Emwazi, realizava ensaios com estas futuras vítimas em frente às câmeras. E é por isso, contou um desertor ao site Sky News, que aqueles executados pelo Estado Islâmico (EI) aparentavam estar tão calmos nos vídeos.
O desertor, que não quis se identificar e foi apelidado pela reportagem como Saleh, contou que os ensaios eram rotina e que o objetivo era o de enganar os reféns sobre o momento final de suas vidas.
Deste modo, explicou ele, estariam relaxados em frente às câmeras. E sua tarefa era justamente a de ludibria-los de que aquilo era apenas um vídeo e que nada de mal iria acontecer. Ledo engano.
Outra estratégia empregada pelo grupo para acalmar os seus reféns era dar a eles nomes árabes. Com isso, tentavam passar a ideia de que estavam entre amigos. Kenji Goto, o jornalista japonês morto há alguns meses, foi apelidado de Abu Saad. “Notei que sempre que chamavam Goto de Abu Saad, ele relaxava”.
Saleh contou ter sido contratado por um homem turco para trabalhar para o EI. Contudo, após testemunhar a barbárie do grupo, decidiu deixar a Síria e hoje se encontra refugiado na Turquia.
Fonte: Exame