Um estudo realizado no Centro Médico de Seattle, EUA, e publicado na revista Pediatrics, afirma que cada hora diária passada em frente à TV aumenta, em média, em 10% as chances de que uma criança desenvolva a síndrome do déficit de atenção. Ao assistir a TV ela presenciará 20 atos violentos por hora. Uma criança americana assiste, em média, 28 horas de TV por semana; e as brasileiras estão no mesmo caminho. Ao chegar aos 18 anos, essa criança terá visto cerca de 16.000 assassinatos e 200.000 atos de violência.
Uma grande pesquisa realizada com mais de 10.000 horas de programas obteve os seguintes e alarmantes números:
- 60% dos programas contêm violência;
- 70% das pessoas que cometem violência nestes programas não demonstram remorso;
- 73% das violências ficam impunes;
- 40% de toda a violência é praticada com humor;
- Mais de 50% das cenas de violência dos programas de televisão, se praticadas na vida real poderiam ser letais ou incapacitantes;
- 40% da violência foi realizada pelo mocinho (herói) que acaba sendo o modelo de todos nós.
- Menos de 5% dos programas violentos incorporam algum tipo de mensagem contra a violência ou que mostre as consequências dela.
Segundo as pesquisas, não importa se a violência é apresentada em um filme, comercial ou mesmo no mais simples desenho animado; o resultado é o mesmo. Segundo pesquisadores da Universidade de Michigan, desenhos como Pernalonga e outros podem ter um efeito negativo em longo prazo sobre a criança por causa da violência apresentada.
Os pesquisadores entendem que “a criança que vê violência na televisão pode não entender que a violência real machuca e mata pessoas”. Mais ainda, “se o mocinho usa violência, a criança pode aprender que é certo usar a força para resolver os seus problemas”. Preocupação maior ainda ocorre com os videogames em que, segundo os médicos e psiquiatras a violência ocorre de maneira interativa, o que facilita ainda mais à criança e ao adolescente a repetição deste tipo de comportamento. Falaremos mais sobre esse assunto à frente.
Outra pesquisa, agora na Nova Zelândia, corrobora com os números acima de que crianças que assistem TV em excesso estão mais sujeitas a cometerem crimes ou terem atitudes agressivas do que as demais crianças. A comprovação foi feita pela Universidade de Otago, que acompanhou mais de mil adolescentes nascidos no início da década de 1970, desde os 15 anos até os 26. Os impactos causados pela TV em seus comportamentos foram avaliados. Os estudos foram publicados no início de fevereiro deste ano e concluem que “existe uma forte correlação entre a exposição excessiva de crianças à televisão e seus comportamentos antissociais quando jovens adultos”.
O pastor Washington de Sá, líder do ministério Salve sua Família e coordenador do Proteger Brasil, revela que a televisão tem estabelecido modelos para as crianças seguirem, baseados no que veem e ouvem, tarefa que deveria ser dos pais. Ele destaca alguns sintomas que a TV provoca na criança: comportamento violento, obesidade, sedentarismo, erotização e consumismo. “As crianças passam horas assistindo desenhos violentos e erotizados. Enquanto isso, os pais assumem cada vez mais atividades que lhes tiram de perto dos filhos. A educação deveria partir dos pais, mas a programação televisiva é que tem ensinado as crianças a se comportarem e, infelizmente, de maneira violenta, com o uso de armas e muito ódio. A TV está diariamente pronta para dar atenção e ensinar o que na maioria das vezes não é bíblico”, alerta Washington.
Pai, você sabe o que seu filho joga?
Depois do advento da TV, outro aparelho passou a tomar o tempo das pessoas e a substituir os brinquedos tradicionais: o videogame. A cada dia, eles estão mais atraentes e têm criado “viciados” de todas as idades. Usar com moderação seria a maneira correta de utilizar essa ferramenta de entretenimento, mas quem consegue? Uma pesquisa recente revela que o mau uso dos jogos eletrônicos pode tornar a criança ou o adolescente dependente do aparelho e incapaz de controlar a frequência e o tempo de uso do jogo.
O pastor Washington de Sá atende muitos casos de pessoas que não utilizam corretamente os jogos eletrônicos. “Aproximadamente, 30% dos atendimentos que faço têm relação direta com o mau uso da TV. Entre 2007 a 2009, esse percentual era bem maior, quando visitei aproximadamente três mil famílias em vários estados do Brasil. Com o passar do tempo, os maus hábitos televisivos migraram para o uso dos videogames e da Internet”, esclarece o pastor.
Em relação às causas que levam um indivíduo a desenvolver a dependência de jogos eletrônicos, não há estudos substanciais que respondam a essa questão. Toma-se como hipótese etiológica a vulnerabilidade mental, fatores biológicos (hereditariedade) e aprendizagens incorretas ao longo da vida, devendo esta psicopatologia ser estudada por meio de uma perspectiva multifatorial. Estudos demonstram que esse transtorno ocorre com maior frequência em indivíduos do sexo masculino, comumente em adolescentes e adultos. Há hipóteses que defendem que, quanto mais cedo o usuário tiver acesso aos jogos eletrônicos, maiores serão as chances de desenvolver essa psicopatologia no futuro. Dados epidemiológicos sugerem que 3% dos usuários de jogos eletrônicos, em escala mundial, podem ser dependentes. O número de jogadores com uso problemático é ainda maior: 9% (uma forma mais branda de uso inadequado, mas que não possui sintomas suficientes para configurar uma dependência). Pesquisas também revelaram que utilizar os jogos eletrônicos de forma excessiva provoca um aumento na atividade cerebral, em especial no córtex pré-frontal, semelhante à fase de fissura dos dependentes químicos.
Para que os filhos não se tornem viciados no videogame, os pais precisam acompanhar a rotina deles diante dos jogos. Alguns sintomas visíveis podem revelar se seu filho está se tornando um dependente dos jogos eletrônicos: saliência (os jogos dominam seus pensamentos, sentimentos e comportamentos), tolerância (tendência a aumentar o tempo de uso para obter satisfação), mudança de humor (irritabilidade e tristeza), retrocesso (emoções negativas ou reações físicas quando reduz o tempo de jogo), conflito (problemas interpessoais) e antissociabilidade (piora no rendimento profissional e nos relacionamentos).
Portanto, pais e mães, gastem tempo com os seus filhos. Todo o tempo que eles estiverem longe da TV e dos jogos e mais perto da Bíblia, em oração, ao lado dos pais e irmãos, brincando com coisas saudáveis, tanto melhor para eles. Lembrem-se de Filipenses 4.8: “Irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.”
Saiba mais sobre esse assunto acessando o site www.salvesuafamilia.com.br. Lá existem muitos textos e informações que poderão ajudá-lo a entender e vencer esse problema.
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:: Atilano Muradas e Stephanie Zanandrais