“Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.”
(Mateus 5.9)
O Senhor dos Exércitos, como ficou conhecido entre os judeus no Antigo Testamento, por amor ao mundo veio a nós. E entre nós revelou-se como jamais havia feito antes. Diz o escritor de Hebreus: “Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo. O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa.” (Hb 1.1-3) E entre nós declarou: “Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas.” (Mt 11.29) O Senhor dos Exércitos veio a nós para nos ensinar a sermos pacíficos e pacificadores.
Amar a Deus sobre tudo e ao próximo como a nós mesmos não pode ser uma realidade em nós se não somos pacificadores. Se não valorizamos o nosso semelhante mais do que nossos objetivos materiais, mais do que uma boa vitória. Se não rejeitamos a violência, seja de que tipo for, visto que nenhum ser humano foi criado para ser subjugado. Podemos encontrar situações que em que o uso da força se faça necessário, mas a violência seria uma qualificação para um uso inadequado da força, envolvendo ódio, maldade, desrespeito, vingança ou injustiça. Se não preferirmos a conciliação, a união e o acordo em lugar da disputa, da cisão e da discórdia, como poderia estar atuando em nós o princípio do amor? Os que amam são pacificadores e são esses os verdadeiros filhos de Deus. Religiosos são apenas religiosos.
Como brasileiros usamos a mesma bandeira e cantamos o mesmo hino. Falamos a mesma língua e somos herdeiros da mesma história. Mas não somos unidos. Precisamos de pacificadores. Há violência no transito, nas escolas, nas relações comerciais. Nossos tribunais estão abarrotados de demandas. Mesmo no esporte mais amado pelos brasileiros há muitas histórias tristes de ódio e intolerância. A vida humana valendo menos que a camisa de um time de futebol. Nossos poderes constituídos não são respeitados e muitos deles investidos não se dão ao respeito. Em lugar de servir, abusam. Em lugar de proteger, ameaçam e ferem. Nosso país precisa conhecer o poder do amor pela ação dos filhos de Deus. De pessoas decididas a pacificar, sendo humildes, recuando, perdoando, recusando-se a retribuir o mal com o mal, mas vencendo-o com o bem. Se você é um cristão, ser um pacificador é também sua missão.
ucs