sexta-feira, agosto 11, 2017

O momento de culto só é sagrado, se a vida também é sagrada para nós!


“Aí sim, a sua luz irromperá como a alvorada, e prontamente surgirá a sua cura; a sua retidão irá adiante de você, e a glória do Senhor estará na sua retaguarda.” (Isaías 58.8)

Não somos nós quem sustenta a relação com Deus. É Deus, por Sua graça, misericórdia e amor. E não somos nós quem pode estabelecer as condições dessa relação. É também Deus! Não temos méritos e jamais teremos para nos considerarmos com direitos em relação a Ele. É por meio de Cristo Jesus, pelo que fez por nós, que podemos desfrutar proximidade e comunhão com Deus. Mas isso, segundo os parâmetros e princípios que Deus mesmo estabelece. Por exemplo: não devemos achar que apenas porque realizamos um momento no culto a que chamamos de louvor, que Deus esteja sendo louvado. E também não devemos considerar que aquilo que nos satisfaz e agrada em nossa liturgia, representa também o que agrada a Deus.

Deus nos ama e deseja que nossa vida seja mudada por Sua presença. Ele não se impressiona com nossas performances, Ele vê o nosso coração. Na perspectiva divina, nosso amor a Ele deve nos levar a amar nosso próximo da mesma forma que Ele nos ama. A profecia de Isaías trata exatamente disso no capítulo 58. Os israelitas estavam em dia com seus jejuns e sacrifícios, mas estavam em dívida com o amor, a bondade e a misericórdia que deveriam demonstrar em suas relações pessoais e na vida em sociedade. Por isso Deus os repreendeu e disse que deveriam mudar para que fossem aceitos. A relação com Deus é sempre por causa da graça e amor de Deus, mas isso não significa que não envolva condições. Não podemos honrar a Deus com palavras se desonramos o nosso próximo, a quem Deus nos manda amar! O momento de culto só é sagrado, se a vida também é sagrada para nós!

Deus disse aos israelitas: se vocês fizerem como estou lhes mandando, aí sim desfrutarão comunhão comigo, experimentarão as bênçãos de minha presença! É o que lemos no verso de hoje. O mesmo vale para nós. E não se trata de uma fórmula sobre como agirmos para sermos abençoados. Pensar assim seria também uma corrupção de nossa fé. Deus está nos dando os Seus termos para nossa relação com Ele. E é isso que distingue vida apenas religiosa de vida verdadeiramente cristã: a primeira é uma expressão dos nossos termos, a segunda, dos termos de Deus. Somos falhos e jamais seremos perfeitos, mas o que Deus nos pede, os Seus termos, nos é possível. Ele não negociará. Ele nos fortalece com Sua graça e nos envolve com Seu amor, mas sabe até onde podemos obedece-lo e espera que o façamos!

ucs