“Tenham uma mesma atitude uns para com os outros. Não sejam orgulhosos, mas estejam dispostos a associar-se a pessoas de posição inferior. Não sejam sábios aos seus próprios olhos. Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos. Façam todo o possível para viver em paz com todos. Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: Minha é a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor. Pelo contrário: Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber. Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele.”
(Romanos 12.16-20)
O sinal que autentica o relacionamento de qualquer pessoa com Deus é o tipo de relacionamento que ela tem o próximo. Em outras palavras, se no relacionamento com Deus uma pessoa é cheia de critérios e reverências, sempre ocupada do que possa ou não agradá-lo, mas no relacionamento com o próximo ela é desleal, desrespeitosa e sem amor, sua espiritualidade não passa de mera religiosidade, sem significado espiritual.
No contexto do Antigo Testamento, quando a adoração a Deus era prestada com sacrifícios e holocaustos, Deus dizia por meio dos profetas: “O que me agrada não são sacrifícios, mas atitudes éticas e misericordiosas”. O que Deus estava dizendo era: “Não tentem me impressionar quanto estão no templo! Sejam bondosos uns com os outros. Amem o que é correto. É disso que me agrado!” Leia Isaías 1:11-17 e Miquéias 6:6-8 e veja por si mesmo!
No Novo Testamento Jesus não mudou o ensino. Ao contrário, Ele o aprofundou: "Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta.” (Mt 5.23-24) Não é que minha relação com você substitui minha relação com Deus, mas que, se ando com Deus, se recebo dele amor, graça e misericórdia, então devo tratar você como Deus me trata. Se não o fizer, estou invalidando minha relação com Deus! É exatamente isso que Jesus ensina na parábola dos dois devedores – Mateus 18:23-34! Certamente você sabe de memória a oração do Pai Nosso! O que diz a parte que fala do perdão? Perdoas as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores! (Mt 6.9-13) Capiche?
Os discípulos acabaram entendendo o ensino de Jesus e por isso João foi tão categórico: “Se alguém afirmar: ‘Eu amo a Deus’, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão.” (1 Jo 4.20-21) Paulo também compreendeu e, ao ensinar sobre adoração (culto), afirmou que ela deve acontecer no nosso viver diário, no cotidiano (Rm 12,1-2), e acrescentou que nossa mente precisa ser renovada. Sem isso não saberemos quão boa, agradável e perfeita é a vontade de Deus. Sendo assim, como anda seu culto? Sua adoração? Releia o texto de hoje. Ele é a liturgia que deve orientar o seu dia. Que seu culto de hoje seja agradável a Deus. E que ele seja diário. E ai, quando for ao templo, o que fará lá terá significado verdadeiro.
ucs