Eles tinham um problema em comum: a fome, que fazia a barriga gritar cada vez mais alto. O lugar onde eles estavam era deserto, não havia nem mesmo uma “lanchonetezinha” para comprar um “engana bucho”. Mesmo assim, ninguém queria ir embora, pois as palavras do Mestre eram irresistíveis. Mas não dava mais para ignorar a necessidade coletiva. Todos precisavam de comida e aparentemente ninguém podia fazer nada além de se conformar com os roncos da barriga. Fazer o que, senão aceitar o incômodo?
Porém, entre a multidão, um menino levanta a mão e declara: Bem, eu tenho cinco pães e dois peixinhos, se servir estão às ordens! Mas o que são cinco pães e dois peixes pequenos diante da fome de milhares de bocas? Insignificante! Era pouco mesmo, mas ele também tinha a vontade de ser útil. Então, entregou o pouco nas mãos de Jesus que por sua vez depositou nas mãos do Pai, dando graças. Depois Jesus repartiu entre todos aqueles milhares. Milagrosamente, todo o povo e aquele menino se fartaram e até sobrou comida!
Hoje também temos um grande problema em comum: a crise da água. Um problema mundial que se apresenta no nosso país como fato inevitável, ditando o deserto certeiro no cenário futuro.
O que podemos fazer diante de tamanho desafio? Somos apenas indivíduos, pequenos diante desse enorme problema! Mas será que somente grandes ações poderão negociar esse destino? Ou pequenas atitudes conseguirão mudar o final dessa história? Como aqueles cinco pães e dois peixinhos, um pouquinho, capaz de fazer uma grande diferença.
Se conseguirmos tratar a água que nos serve com respeito levando em consideração nossa fragilidade diante da sua falta. Se unirmos nossas pequenas atitudes na direção do bem coletivo talvez poderemos surpreender as estatísticas.
Houve um grande milagre que alimentou milhares de pessoas porque alguém cedeu o pouco que tinha e somente viveremos com água em abundância se soubermos doar pequenas ações.
O que você pode fazer?
::Nilma Gracia Araujo