Acho que está na hora de brincar! Com seus filhos, é claro. Quer tentar?
Um dia um amigo que estava com seus filhos em um parque aquático esbarrou em outro pai que se divertia e disse: “Ei, acho que não deveríamos estar tendo toda essa diversão”.
Agora eu respondo: “Deveriam sim!” As palavras pai e trabalho às vezes parecem sinônimos, especialmente, para as crianças. Deixe-me lhe contar uma lembrança que tenho da minha infância.
Quando via minha irmã brincado de casinha, percebia que a mãe boneca tinha muito a fazer. Ela nunca sabia o que fazer com o pai boneca; por isso, o colocava para falar: “Estou saindo para o trabalho” e o jogava sobre a cama.
Se nós pudéssemos mudar um antigo clichê, diríamos: “Tanto trabalho e nenhuma brincadeira afastam um filho de você”. É verdade que brincar não vai colocar pão sobre a mesa, mas brincar satisfaz nossos filhos muito mais do que comer pão.
Muitos adultos perdem a arte de brincar em suas idas e vindas da vida adulta. No entanto, um pequeno esforço pode reavivar o sentido de imaginação infantil e a alegria da brincadeira. Tudo começa com jogos mais simples, como o esconde-esconde e o pique. É previsível que as brincadeiras de luta entre pai e filho tragam a mãe até a porta dizendo “alguém vai acabar se machucando…” Ela normalmente está certa, é claro, mas os pais precisam desejar sofrer aqueles arranhões e aquelas manchas roxas em nome da alegria.
Que essa conversa tenha despertado a importância desse tempo tão especial que você precisa ter com seus filhos.
Ulisses Spagiari
