Pesquisa revela o que pensam os líderes evangélicos de 166 países
O Fórum sobre Religião e Vida Pública Pew Research Center — um instituto de pesquisas norte-americano — conduziu uma extensa pesquisa de opinião com 2.196 líderes evangélicos de 166 países durante o Congresso Lausanne 3, em outubro de 2010, na Cidade do Cabo, África do Sul. Os resultados foram divulgados em julho deste ano e ganharam repercussão em agências internacionais de notícias como Reuters e CNN. No Brasil, a revista Época dedicou um espaço com texto e gráficos para o que chamou de “credo dos evangélicos”.
A pesquisa mostrou que, no geral, a opinião dos líderes é conservadora no que diz respeito às crenças fundamentais. Dos entrevistados, 96% acreditam que o Cristianismo é a única e verdadeira fé que conduz à vida eterna. Quase todos (98%) afirmam que a Bíblia é a Palavra de Deus. No entanto, há divergências entre aqueles que dizem que a Bíblia deve ser lida literalmente (50%) e aqueles que não pensam assim (48%).
Os entrevistados também possuem visões tradicionais sobre questões familiares e sociais. Por exemplo, mais de nove em cada dez dizem que o aborto é geralmente errado (45%) ou sempre errado (51%). Cerca de oito em cada dez pensam que a sociedade deve desencorajar a homossexualidade (84%) e que os homens devem servir como líderes espirituais no casamento e na família (79%). Com relação à homossexualidade, os líderes da América do Sul e Central se dizem mais liberais: 51% aceitam a prática, enquanto que 87% dos líderes norte-americanos a desencorajam.
Outro dado interessante está relacionado às experiências religiosas: 76% afirmam já ter experimentado ou testemunhado alguma cura divina, enquanto que 57% dizem já ter praticado ou testemunhado o exorcismo.
Os líderes das regiões mais pobres (como América Latina, África e Oriente Médio) são mais otimistas (71%) quanto ao futuro do Cristianismo nos próximos cinco anos do que os das regiões mais ricas (44%), como Estados Unidos e Europa. Em termos de evangelização, os “sem-religião” (73%) são vistos com mais prioridade do que os muçulmanos (59%).
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