quarta-feira, julho 04, 2018

Genocídio já deixou mais de 6 mil cristãos nigerianos mortos, incluindo crianças


O que está ocorrendo na Nigéria este ano é “puro genocídio”, denuncia a Associação Cristã da Nigéria, (CAN na sigla original). Os pastores calculam que são mais de 6.000 mortos este ano – a maioria mulheres e crianças – assassinados por jihadistas da etnia fulani desde janeiro.

“O que está acontecendo na Nigéria, principalmente no estado de Plateau é puro genocídio e deve ser interrompido imediatamente”, disse a CAN em uma nota oficial.

Os líderes da Igreja nigeriana apelam para que o governo “impeça esse derramamento de sangue sem sentido” que poderá levar o país “a uma completa anarquia”. O comunicado também pede às Nações Unidas que tome medidas para impedir que os ataques dos fulani ganhe corpo e possa se espalhar para os países vizinhos.

A queixa da liderança evangélica no país é que o presidente Muhammadu Buhari, um muçulmano da etnia fulani, não está agindo para levar os agressores à justiça. Para a CAN não resta dúvida que os jihadistas são “assassinos e terroristas”, embora o governo trate a situação como um conflito étnico, algo comum na África.

A CAN listou os ataques em larga escala que ocorrem desde o início deste ano, incluindo o massacre de mais de 200 pessoas, a maioria cristãs, no final de junho.