Os pedidos de impeachment que chegaram na Câmara Federal serão arquivados pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), que não acredita que esta é a solução para os problemas do país.
“Efetivamente, da nossa parte, não tem guarida para poder dar seguimento até porque entendemos que esta não é a solução”, disse Cunha nesta segunda-feira (16), um dia após mais de 1 milhão de pessoas tomarem as ruas das principais capitais do país pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff.
“Entendemos que temos um governo que foi legitimamente eleito e que, se aqueles que votaram neste governo se arrependeram de terem votado, isso faz parte do processo político. E não é dessa forma que vai resolver”, argumentou o parlamentar.
Apesar do clamor das ruas, o peemedebista – que é o terceiro na linha de sucessão da Presidência – não vê motivos para a saída da presidente e afirma que é necessário buscar formas que ajudem o governo a encontrar o que a sociedade deseja.
Cunha aproveitou para comentar a fala dos ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, que tentaram defender o governo na TV após os protestos. Para o presidente da Câmara a participação dos ministros foi um “desastre”, pois eles não apresentaram projetos para responder o desejo do povo por menos corrupção.
“Não vi ninguém nas ruas pedir reforma política, vi pedir reforma de governo. Não vi ninguém nas ruas dizendo que o financiamento empresarial é o problema”, rebateu Cunha.
Com informações Yahoo