“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios 6.9).
O texto nos mostra de forma muita clara a natureza de nossos inimigos. Não é o seu vizinho chato, não é seu parente ímpio, não é o patrão que lhe persegue, não são pessoas, são espíritos. O inferno também encara toda a situação do mundo como uma grande guerra. Não à toa ele tem sua própria hierarquia (demônios, principados, potestades, dominadores do mal). Ao contrário do que pensamos, eles são organizados e não estão para brincadeira, levam a coisa muito a sério. Muitas pessoas falam que não acreditam no Diabo, mas uma coisa é certa: ELE acredita muito em você e quer sua alma. Para alcançar esse objetivo ele dispõe de perigosas armas e traiçoeiras estratégias.
Os principados agem por influência, manipulação e mudança de cultura. Eles não atuam necessariamente por possessão. Na verdade, eles se estabelecem em lugar a fim de implantar princípios e ideias que se opõem à verdade bíblica, fazendo com que determinado tipo de pecado seja encarado como algo tolerável, depois aceitável, depois normal e, por fim, obrigatório. Não chegam atropelando, mas sutilmente vão colocando aqui e ali a ideia hoje em dia usa para isso as mídias e as artes como primeiro lugar e a política, depois vem a ciência e na fase final. Apresenta um filme, uma pintura, uma reportagem, defendendo algo errado, um livro, uma história em quadrinho, a ideia vai sendo paulatinamente repetida, a mentira vai aos poucos se tornando verdade, a ideia vem sedutora, num verniz de romance, comédia, terror ou drama. O que antes era considerado um escândalo para a sociedade, passa a ser algo que faz parte da realidade, não podemos ignorar, é o que eu chamo de tolerável. Depois é trazida a ideia de que aquilo não é errado. Isso ocorre nas reportagens, programas de entrevista, textos de blogueiros e sites especializados. De tanto repetir e tanto se falar vai se tornando algo aceitável.
O próximo passo então é mostrar que vivíamos na obscuridade, na ignorância, aí entram os cientistas, os especialistas, os psicólogos, os filósofos, e acreditem, até teólogos, que com pesquisas questionáveis com amostragens discutíveis e tendenciosas buscam bases pseudocientíficas para justificar aquele pecado dando a ele um falso respaldo científico. Ser moderno é ver aquela situação com um olhar permissivo, devemos encorajar a prática daquele pecado, agora o que antes era errado se tornou normal. O último passo é a institucionalização do pecado. Por meio da política aquela prática passa a ter o respaldo da lei e quem se opuser passa a cometer crime, virou uma obrigação.

::Richarde Guerra e Lucinho Barreto
Pastores líderes da Mocidade