Leia a experiência de quem decidiu pedir perdão para evitar uma discussão no trânsito
“Bem-aventurados
os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus.” (Mateus
5.9.) Certo dia, dirigindo meu carro, tive que entrar em uma avenida que
estava sem sinalização. Eu queria apenas entrar na avenida, e estava
ali simplesmente orando. De repente, um ônibus “cola” em minha traseira
me pressionando para correr. À frente muitos carros e motos que, apesar
de um redutor de velocidade, aceleravam tornando aquela manobra, que era
tão simples, um tremendo desafio.
Finalmente,
com alguns segundos de possibilidade avancei, entrei na avenida,
infelizmente, fazendo com que o carro que vinha no sentido contrário
desacelerasse. Percebi que o motorista daquele carro se armava para
descarregar verbalmente toda a frustração por ter que reduzir e ceder,
mesmo que por poucos instantes. Pois, o detalhe é que ele realmente
tinha a preferência. Toda aquela manobra foi feita com muita segurança
física, o que corria perigo era a quebra de princípios de cortesia, a
fadiga emocional. Esta era a proposta da situação. Durante aquela
manobra, baixamos os vidros ao mesmo tempo. Ele respirou fundo pronto a
descarregar todo o seu estresse, mas antes que ele pudesse falar, me
adiantei e disse: “Meu senhor, me desculpe, estava completamente
errada.” Depois de engolir todas aquelas “palavras”, que quase escorriam
de sua boca, ele respondeu: “Tudo bem!” E seguiu o seu percurso.
Também segui meu percurso sem carregar o peso da eterna disputa pela preferência.
Segui
tendo a certeza que realmente é melhor ser feliz do que ter a razão.
Certeza que o meio e o meu mundo refletem a minha atitude. Certeza que
se quero um retorno melhor, preciso fazê-lo melhorar. Certeza que posso
sim, influenciar e trocar grosserias por cortesias.
Dar
a preferência, facilitar a vida dos outros motoristas ou pedestres,
buzinar somente em casos extremos, ouvir músicas sem obrigar a todos ao
meu redor a ouvi-la também etc. Atitudes simples, contudo, eficazes. O
trânsito pode continuar um caos, pela quantidade de veículos existentes,
mas pode ser mais agradável se escolhermos fazê-lo assim, começando por
nós.
Então, vamos continuar a mudança do nosso mundo? Eu não desisti e conto com você!
“Segui a paz com todos [...]” (Hebreus 12.14)
:: Nilma Gracia Araujo
Formada no Seminário Teológico Carisma, colaboradora do portal Lagoinha.com e membro da IBCVN.
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nilmaraujo@hotmail.com e troque experiências que possam acrescentar à
cidadania.