sexta-feira, junho 03, 2011

Entenda a importância de se ter uma vida de oração.

O nascimento de Sansão foi programado por Deus em uma época de 40 anos de domínio dos filisteus sobre Israel. Era a época dos juízes. O povo se afastava do Senhor, indo após outros deuses e fazendo o que era mau. Então vinha o castigo para trazê-los de volta à sensatez e a se abrigar sob a bondade do grande “Eu Sou”.

Em certo dia, o Anjo do Senhor apareceu à mulher de Manoá, cujo nome significa “descanso”, e lhe deu a notícia de que seria mãe, pois era estéril. Entretanto, ela deveria se abster de vinho e de todo o produto da videira, pois a criança deveria ser nazireu desde o ventre materno. O menino se chamou Sansão, e seu voto de nazireu seria vitalício. Ele jamais deveria beber vinho, ou comer qualquer produto da videira, não passaria a navalha em sua cabeça e não se contaminaria tocando em corpos mortos durante toda a sua vida.

Sansão foi o campeão de Deus. Um “super-herói” que teve uma força sobrenatural e fez coisas tremendas diante dos olhos de sua geração. Sansão matou mil filisteus com uma queixada de jumento, ao ser amarrado por seu povo e entregue ao exército inimigo.

Ele tinha a consciência que a sua força vinha de Deus. Sansão não era um gigante com um físico avantajado, sobressaindo entre a multidão, senão a Bíblia no-lo descreveria. Era um homem com os cabelos compridos, amarrados em sete tranças e que não bebia vinho. 

O seu voto de santidade deveria ser por toda a vida. Sua força estava diretamente relacionada com a obediência ao Senhor.

Entretanto, apesar de tantas vitórias sobrenaturais, parece que Sansão acostumara-se com sua força e não compreendeu a importância de seu voto de nazireu, de ser santo, separado para Deus. A proposta de sua existência era trazer o povo de Israel de volta ao reconhecimento de que somente o Senhor é Deus, e nenhum outro há que possa livrar como Ele.

Em sua geração, Sansão precisava honrar ao Senhor e manter-se santo em favor de seu povo. Mas ele falhou no plano divino. Sansão seguiu o caminho da sensualidade.

Em certa ocasião, ele procurou uma prostituta na cidade filisteia de Gaza. E, ao ser vigiado para ser preso, à meia-noite, ele saiu da cidade e arrancou os seus portões com suas trancas e umbreiras, carregando-as numa subida de 61 quilômetros até Hebrom.

Sansão brincou com o pecado. Ele achou que era forte o bastante para vencê-lo com a sua força. Pensou que não havia problema chegar-se tão perto do perigo, do inimigo, do pecado. E a sua sensualidade, que não fora confrontada nem resolvida, o levou aos braços de Dalila. Um rosto bonito com um coração infernal.

Nas “suaves palavras” de Dalila, Sansão encontrou a traição, a derrota, o escárnio, a prisão, o papel de “palhaço” para os inimigos filisteus. Com os cabelos cortados, em total humilhação, com os olhos vazados, completamente cego, Sansão foi colocado a girar a roda do moinho no cárcere do inimigo. Dia e noite provocando risadas nos filisteus.

Foi então que ele percebeu que os seus cabelos voltaram a crescer. Arrependido, agora cego fisicamente, Sansão recobra a vista espiritual. Ele entendeu que falhara no projeto de Deus para ele, mas arrependido, clamou ao Senhor por mais uma chance. E Deus, que sempre é misericordioso, lhe deu essa nova chance.

Quando o chamaram para divertir o povo no templo de Dagom, Sansão pediu que o colocassem junto às colunas que sustentavam o edifício todo. E, ali posto, pediu ao Senhor que o atendesse, dando-lhe novamente a força, para que se vingasse dos inimigos e que todos soubessem que só o Senhor é Deus. O Senhor o atendeu, dando-lhe novamente a força sobrenatural. O templo veio abaixo com a morte dos 3.000 filisteus, entre príncipes e nobres. Mais foram os que morreram em sua morte, do que todos os filisteus que Sansão derrotara durante sua vida. 

Há muito que refletir sobre o nosso super-herói. Sansão brincou com o pecado e subestimou seus inimigos. Ele pensou que tinha a força, mas precisamos nos lembrar que a nossa força está no Senhor nosso Deus. Seremos sempre vitoriosos estando ligados a Cristo, com o coração firmado em Deus. Não podemos romper com o nosso voto de santidade, mas precisamos estar ligados à Fonte, recebendo do nosso General as ordens de comando para cada dia, e jamais pensar que somos capazes de vencer por nós mesmos.

Quem sabe, você tem brincado com o pecado, achando que pode derrotá-lo à hora que quiser.

Quem sabe, os seus pés estão constantemente no terreno do inimigo e seu coração se afeiçoando aos seus atrativos.

Enquanto Sansão pensava que enxergava, ele não via as coisas espirituais, somente depois de ter ficado cego para as coisas naturais, ele pode enxergar Deus e o seu papel em sua geração. Acorde enquanto é tempo e ande em santidade na presença do Senhor!

Viva esta verdade: “O Senhor é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação; o meu baluarte”. (Sl 18.2.)

:: Pastora Ângela Valadão