27 de maio de 2018, a partir das 08h30min, na Igreja do Relógio de Itaperuna -
Texto Áureo -
“Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da
eternidade. Amém”. 2 Pedro 3.18
Verdade Aplicada
O novo nascimento é o início do processo de crescimento espiritual, que deve ser contínuo e progressivo.
Glossário
Hipófise: Glândula endócrina, cujas perturbações de desenvolvimento ou funcionamento resultam em alterações no crescimento;
Indolente: Apático; descuidado;
Metáfora: Figura de linguagem que produz sentidos figurados por meio de comparações implícitas.
Textos de Referência.
1 Pedro 1.23-25; 2.1-2
23 Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da
incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre.
24 Porque: Toda carne é como erva, e toda a glória do homem, como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor;
25 Mas a palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada.
1 Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações,
2 Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite
racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo,
Hinos sugeridos.
69, 299, 519
Motivo de Oração
Ore, para que os jovens cresçam com Cristo em meio à oposição da sociedade em que vivem.
Introdução
É certo que o ambiente e as circunstâncias influenciam, porém as
atitudes e escolhas do discípulo de Cristo podem determinar o seu
crescimento espiritual. Nesta lição, veremos que é essencial o
crescimento espiritual do povo de Deus.
1. O que se espera do nascido de novo?
Os especialistas afirmam que o desenvolvimento do corpo está ligado à
uma vida saudável. A glândula hipófise, localizada na base do crânio,
produz o GH, que se refere ao hormônio do crescimento. Alguns fatores
muito contribuem no processo de crescimento, entre outros: sono,
alimentação, exercícios físicos.
1.1. Jesus Cristo experimentou o crescimento.
Ao se fazer carne (Jo 1.14), o próprio Senhor Jesus passou pelo processo
de crescimento (Lc 2.40, 52). Ele não nasceu adulto. Somente iniciou
Seu ministério na terra com cerca de trinta anos de idade (Lc 3.23). Do
mesmo modo, o discípulo de Cristo inicia a nova vida com o novo
nascimento (1Pe 1.23). Antes estávamos mortos em nossos pecados, ou
seja, separados de Deus, mas Ele nos vivificou pelo poder da Sua Palavra
e pela ação do Seu Espírito DM nós. Assim, nascemos de novo (Jo 3.5; Ef
2.1, 5; Tt 3.5). Porém, também é certo que, no aspecto espiritual da
vida, quando alguém nasce de novo, não nasce adulto, crescido e
amadurecido na fé e no conhecimento.
1.2. Metáforas que indicam crescimento.
Encontramos na Bíblia que aquele que vive em comunhão com Deus é
comparado a uma planta, ou árvore, ou ramo (Sl 1.3; 92.12-13; Jr 17.7-8;
Jo 15.1-8). A mensagem apontando para o crescimento também é encontrada
em Efésios 2.21, expressando a ideia de construção com o sentido
espiritual de “edificação”. A Palavra de Deus também nos compara a
“pedras vivas” (1Pe 2.5). O Senhor Jesus é a pedra principal, o firme
fundamento (Ef 2.20). É nEle que somos edificados e crescemos. Já em
Efésios 4.15-16 encontramos a ideia do discípulo de Cristo como membro
do Corpo de Cristo, no processo de crescimento orgânico. Cada membro do
Corpo de cristo, a Igreja, crescendo, “faz o aumento do corpo, para sua
edificação em amor” (Ef 4.16).
1.3. A necessidade do crescimento.
O novo nascimento, os vários outros aspectos da salvação (libertação,
adoção, justificação, perdão, entre outros), o recebimento do Espírito
Santo, o batismo em águas e a participação na Ceia do Senhor podem dar a
impressão de que já estamos prontos e completos, porém, se estivermos
atentos às Sagradas Escrituras, veremos que ainda precisamos aprender
muito.
2. O processo do crescimento espiritual.
Quanto ao desenvolvimento do corpo físico, vários fatores influenciam
para o adequado crescimento. Ocorre o mesmo com o processo de
crescimento do discípulo de Cristo no aspecto espiritual. Importante
lembrar que não se trata de algo opcional, mas uma determinação divina,
como se encontra em 1 Pedro 2.2 e 2 Pedro 3.18.
2.1. A participação humana.
Precisamos obedecer, desejar e buscar, pois no processo do crescimento
espiritual existe a participação humana, como veremos no presente
tópico. Estejamos certos de que a participação humana nunca será
dissociada da ação divina por intermédio da Palavra e do Espírito Santo.
Logo, de acordo com o ensino do apóstolo Paulo expresso em Colossenses
1.6, o crescimento espiritual ocorre a partir do Evangelho, ou seja, “a
graça de Deus em verdade”. Quando o discípulo de Jesus é movido pelo
Evangelho, há crescimento no conhecimento de Deus (Cl 1.10) e na graça
(2Pe 3.18).
2.2. A Palavra de Deus gera crescimento.
Pedro escreve que o discípulo de Cristo deve “desejar afetuosamente” a
Palavra de Deus (1Pe 2.2). A versão NTLH diz: “como criancinhas
recém-nascidas”. Ou seja, faz menção ao novo nascimento descrito em 1
Pedro 1.23. Assim como o Bebê depende de leite puro (não misturado com
nenhuma outra substância) para a nutrição, o discípulo de Jesus depende
do “leite racional”, ou seja, “o leite não adulterado da palavra” (BJ),
mencionado em 1 Pedro 1.25. Desejar denota interesse, busca e esforço.
Portanto, por intermédio do alimento da Palavra é que há crescimento.
2.3. Crescimento processo contínuo.
Na dinâmica do crescimento espiritual há a participação de Deus e do
discípulo de Cristo. É um processo contínuo. H. Schlier, teólogo alemão,
em seu comentário sobre a carta aos Efésios, sobre a expressão grega
“auxein” (uma das derivações da expressão mencionada no tópico anterior,
usada em vários textos no Novo Testamento, traduzida como
“crescimento”), comentou o seguinte: “O crescimento da igreja na
santidade pessoal em Cristo é um processo contínuo...tempo presente de
auxein (“cresce” – Ef 2.21) torna claro este fato... “crescer” é o modo
de ser igreja”.
3. A importância do crescimento.
Há a tendência em muitos de justificar o não crescimento espiritual
usando as circunstâncias contrárias como causa. Contudo, ao observarmos o
contexto histórico dos primeiros destinatários das epístolas do
apóstolo Pedro, verificamos que as circunstâncias eram bastante
desafiadoras: perseguição, tribulações, sofrimento, falsos mestres,
entre outros. Porém, ambas as epístolas fazem um chamado ao crescimento
espiritual (1Pe 2.2; 2Pe 3.18).
3.1. Crescer enquanto caminha.
Com o crescimento, aprendemos que há uma ação pedagógica no sofrimento e
nas adversidades, visando o nosso amadurecimento (1Pe 5.9-10; Hb 12.5,
10). O apóstolo Pedro identifica os discípulos de cristo como
“peregrinos e forasteiros” (1Pe 2.11) e que a vinda do Senhor se
aproxima (2Pe 3.9). Estamos aqui só de passagem, como peregrinos neste
mundo. Portanto, ainda não chegamos ao destino. Não podemos parar. É
perigoso.
3.2. Os perigos do não crescimento.
São muitos os “ventos de doutrina” e os modismos teológicos que têm
causado grandes prejuízos na vida dos que “se estavam afastando dos que
andam em erro” (2Pe 2.18). Paulo, em 1 Coríntios 3.1, lembra o início da
instrução aos discípulos naquela cidade. É evidente que aquele que
acaba de passar pela experiência do novo nascimento é como um “menino em
Cristo”; ainda não está amadurecido. A alimentação pela Palavra era
adaptada à capacidade dos alunos. Por isso era baseada no leite. A
dificuldade é que os discípulos de Corinto ainda não podiam receber o
alimento mais sólido (1Co 3.2).
3.3. Não sejamos negligentes.
O fator tempo (no que se refere ao início do novo nascimento até um
determinado momento), como em 1 Coríntios, também é mencionado na
epístola aos Hebreus. O escritor aos hebreus menciona que alguns
discípulos de Cristo “pelo tempo” (de conversão, de nascido de novo) já
deveriam estar ensinado outros, ajudando os novos convertidos, porém
ainda estavam necessitando que alguém lhes ensinasse as doutrinas
básicas (Hb 5.12). No lugar de alimento sólido, ainda precisavam de
leite (Hb 5.12-14). Mas, no versículo 11 de Hebreus 5, o escritor
identifica o problema como resultado de negligência “para ouvir”, por
parte daqueles discípulos de Cristo. Ou seja, eram indolentes,
preguiçosos e lentos. Não queriam se esforçar para aprender.
Conclusão.
Precisamos diariamente ir abandonando as práticas da velha maneira de
viver a fim de que o nosso desenvolvimento não seja impedido (Ef 4.13).
Como no tempo da Igreja Primitiva, as circunstâncias contrárias não
impedem o crescimento para salvação (1Pe 2.2).
Questionário.
1. Como o discípulo de Cristo inicia a nova vida?
2. O que Paulo ensina em Colossenses 1.6?
3. O que o discípulo de cristo deve “desejar afetuosamente”?
4. Qual chamado as epístolas de Pedro fazem?
5. Como o apóstolo Pedro identifica os discípulos de Cristo?
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