terça-feira, janeiro 24, 2017

Nosso senso de valor


“Observem as aves do céu: Não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas?” (Mateus 6.26)

Qual o seu valor? Dizem que toda pessoa tem um preço, mas a verdade é que toda pessoa tem um valor e viver abaixo dele é perder a vida. O nosso senso de valor próprio é um dos fundamentos que estabiliza ou desestabiliza nossa vida. Uma das missões do Maligno contra nós é confundir nosso senso de valor próprio ou do valor das pessoas. O fato de sermos pecadores, por si somente, indica que corremos o risco de nos confundirmos nisso. Se não temos consciência do nosso valor, nos sentimos inseguros. Se não respeitamos o valor dos outros, somos vítimas da prepotência. Tanto a insegurança quanto a prepotência podem ser sintomas de um senso de valor próprio adoecido. Nestas condições não nos relacionaremos bem, seja  com Deus, com pessoas, conosco mesmos ou com a vida. O Evangelho de Jesus anuncia-nos que somos amados e valorizados por Deus. Assim começa nossa restauração.

Não saberia dizer o que é mais difícil: Se é a cura para uma alma que se desvaloriza, que despreza a si mesma de uma forma adoecida e ofensiva contra Deus, ou a cura para uma alma prepotente, que é cega pela ilusão de que vale mais que os demais, que orgulha-se de si mesma e despreza os outros, pecando contra pessoas e contra Deus. Mas sei que para Deus nada é impossível. Ele pode erguer o abatido e abater o exaltado. E isso fará bem a ambos. Deus não nos quer inseguros e nem prepotentes. Ele nos quer equilibrados por Seu amor e graça. Ele nos quer felizes, firmados no valor que Ele atribui a cada um de nós. Ele demonstrou o quanto se importa conosco ao enviar Jesus para nos redimir (Jo 3.16). Mesmo rodeados de vozes que nos desprezam, podemos olhar para Cristo e ver nele o valor que Deus nos atribui e crer.

E se as vozes que ouvimos são de exaltação, do tipo que alimenta nosso orgulho e presunção, está também em Cristo a nossa cura.  Ele se fez servo e viveu entre nós como o menor, sendo obediente até a morte, e morte de cruz (Fl 2.5-8). Nossa fé em Cristo pode e deve nos curar da dissintonia de valor que o pecado produz. Jesus disse para olharmos para as aves do céu e nelas encontrarmos referencial para nosso valor. Elas falam do valor de todos nós, de cada um de nós. Não devemos abrigar insegurança e nem presunção. Independente do quanto tenhamos ou apesar do quanto nos falte, devemos reconhecer o amor e graça de Deus e nele confiar. Estar equilibrados em nosso senso de valor próprio é libertador. Confiemos mais em Deus. Creiamos no que Cristo disse. O Pai Celeste sabe e pode todas as coisas. É dele todo poder e Ele nos ama! Sejamos humildes e vivamos confiantes.

ucs