sexta-feira, abril 24, 2015

Pedir intervenção militar é uma idiotice, diz Silas Malafaia

O pastor Silas Malafaia é o maior crítico ao governo do PT dentro do segmento evangélico. Ele não tem medo de desafiar e nem de denunciar o partido e usa suas redes sociais e seu programa na TV para falar a respeito.
Malafaia foi a favor das manifestações realizadas em março contra a presidente Dilma Rousseff e disse em recenteentrevista ao iG que é favorável ao impeachment desde que tenha provas contra a presidente reeleita.
“Sou favorável ao impeachment desde que existam provas. É querer dar atestado de idiota achar que Lula e Dilma não sabiam de nada. Mas entre eu achar e a prova tem uma distância daqui para Marte”, disse.
Na visão do pastor presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, no momento que tiver provas contra Dilma Rousseff o impeachment terá base para acontecer. “Não se pode condenar sem provas. Por mais que se pareça, não significa que é. Provou, tchau. O PT fez isso com o (ex-presidente Fernando) Collor por causa de um Fiat Elba. O Collor não caiu por causa de bilhão. Caiu porque provaram. O PT não pode reclamar. Isso é uma marca deles. Quer dizer que só vale para os outros? Então, se for provado, tem de ter. Se não for provado, aí não. Só por uma questão política, não acho justo.”
Questionado sobre os pedidos de intervenção militar, Malafaia condenou o pedido e disse que é idiotice. “Isso é idiotice. Que intervenção militar o caramba. Isso é loucura. Não tem de ter intervenção militar. Inconstitucional. Isto não tem respaldo legal. Sou contra. Que história é essa? Acabou. É estado democrático de direito pleno. Somos radicalmente contra”.

Evangélico Político x Político Evangélico

O pastor Silas Malafaia apoiou a candidatura de diversos religiosos que entraram para a política, mas para ele há diferença entre ser um político evangélico e um evangélico político.
“Existe o político evangélico e o evangélico político. O primeiro é o cara que tem vocação para ser político, que construiu uma história. O segundo é o que decide ser candidato por ser evangélico”, disse.
Malafaia acredita que a pessoa deve entrar na política para fazer política e não pelo simples fato de ser evangélico. “Não acho que isso seja algo que possa tornar alguém candidato. Ele tem de vir pelo viés político e não pelo viés religioso. A Marina (Silva) é o melhor caso. Ela não foi candidata porque era evangélica. Ela foi porque é política.”

Ser conservador é melhor do que ser esquerdopata

Em parte da entrevista o pastor evangélico disse que não tem motivos para se sentir ofendido por ser taxado de conservador. “Se ser conservador for para defender a família, bons costumes e valores que estão impregnados na história da humanidade, então legal, pode deixar o rótulo, está ótimo. É melhor do que ser um esquerdopata dúbio.”
O apresentador do programa Vitória em Cristo também comentou sobre o jogo político que existe em tentar defender uma classe ofendendo e taxando as demais.
“Se é conservador, aqueles que falam contra preconceito são os maiores preconceituosos. A pessoa que se utiliza do preconceito, de rotular os outros, está desprezando o debate das ideias. Esse é um joguinho dos mais velhacos que eu vejo. Esses caras que se dizem tão progressistas são os reis de rotular os outros”, afirmou.
E por falar nesses grupos, Malafaia não deixou de comentar que a defesa da minoria nada mais é do que mudar o paradigma do Ocidente excluindo as bases judaico-cristã para implantar a humanista-ateísta.
“O jogo hoje é o seguinte: o Ocidente é marcado pelo modelo judaico-cristão e querem mudar o paradigma para o modelo humanista-ateísta. O resto é blá-blá-blá. É a tentativa de mudança de um modelo. Os caras da esquerda têm no DNA deles o comunismo, está falido, mas não saiu do DNA deles. Eles têm um vírus para o qual não há antídoto. Então estão sempre com essa conversa. É a discussão ideológica de paradigma.”