110 novos imigrantes ucranianos chegaram a Israel na manhã desta terça-feira, 24/3, há uma semana das comemorações da Páscoa judaica. A maioria dos recém-chegados é refugiada das zonas de combate na parte leste da Ucrânia. A imigração foi realizada com ajuda da Fraternidade Internacional de Cristãos e Judeus (IFCJ).
Dentre os refugiados estava um judeu viúvo que perdeu a esposa no início do mês passado, vítima dos ataques de foguetes à região de Donetsk. Lançado por separatistas pró-russos na região, um reduto rebelde no leste da Ucrânia, o foguete matou Irina Shelkayeba, professora, enquanto ela estava na cozinha preparando o jantar. Mais de 6.000 pessoas já morreram no leste da Ucrânia durante o conflito.
A casa de Irina ficou completamente destruída e a família ficou sem propriedade. Sua sobrinha, Liora Nissim, que já vivia em Israel, ajudou a família a tomar a decisão de fazer aliá (imigração judaica) para o Estado judeu. Ela conheceu o marido da tia e outros membros da família em um encontro emocionante no Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv.
A jovem disse que fez aliá há 17 anos, por meio do programa Na’ale, e o restante da família havia permanecido em Donetsk, na Ucrânia oriental. “Minha família vivia ao lado do aeroporto, em uma área em que eram travados os conflitos mais difíceis. Eles esperaram todo esse tempo para que finalmente os conflitos acabassem, mas eles continuaram. Não é fácil sair de casa, especialmente quando está sendo travada uma guerra do lado de fora”, declarou Liora.
A jovem disse que fez aliá há 17 anos, por meio do programa Na’ale, e o restante da família havia permanecido em Donetsk, na Ucrânia oriental. “Minha família vivia ao lado do aeroporto, em uma área em que eram travados os conflitos mais difíceis. Eles esperaram todo esse tempo para que finalmente os conflitos acabassem, mas eles continuaram. Não é fácil sair de casa, especialmente quando está sendo travada uma guerra do lado de fora”, declarou Liora.
Liora contou que a idéia de trazer a família para Israel surgiu depois que ouviu dizer que a Fraternidade Internacional de Cristãos e Judeus (IFCJ) estava organizando voos para refugiados. Ela imediatamente contatou a organização. “O representante da instituição entrou em contato com minha família, que teve de fugir sob pesado bombardeio à cidade de Dnieper, e um mês e meio depois eles já estavam a caminho de Israel.”
A família e o restante dos refugiados vieram em um voo especial patrocinado pela organização IFCJ, que decidiu aumentar os seus esforços em trazer milhares de judeus em dificuldades em diversos países. Nos últimos três meses o IFJC conseguiu levar 560 pessoas dos conflitos da Ucrânia para viver em Israel. Este foi o terceiro voo especial da organização desde dezembro.
Muitos dos recém-chegados são refugiados de guerra da Ucrânia, enquanto outros foram severamente afetados pela situação econômica do país desde o início da Revolução. A Fraternidade também vai proporcionar uma ajuda monetária adicional aos recém-chegados ao estado de Israel, além da bolsa de absorção regular e os benefícios a que os novos imigrantes têm direito, por meio do Ministério israelense de Absorção de Imigrantes. Vários prefeitos também vão entrar no projeto para ajudar os recém-chegados a se adaptarem em suas cidades.
O presidente da IFCJ, Rabi Yechiel Eckstein, comentou que “cada geração tem o seu próprio milagre da Êxodo”, fazendo referência à páscoa judaica. “Depois de anos de envolvimento no auxílio aos recém-chegados a Israel vindos da ex-União Soviética e da Etiópia, o IFCJ está animado para ser um ativista central na missão de resgatar os judeus da Ucrânia, que sofreram por mais de um ano pela crise naquele país”, explicou Eckstein.