Marcos 10.13 a 16
Por onde Jesus passava era cercado por todo tipo de pessoas, inclusive de pessoinhas: as crianças. Jesus era deliciosamente atraente para as crianças como o mel é para as abelhas (penso eu). A pureza que atrai a pureza… Mas eram apenas crianças, pensavam os discípulos de Jesus, e o conceito de grandeza e igualdade ainda não era compreendido por eles. Então, eles as afastavam. Mas Jesus, que não perde a oportunidade de ensinar, vendo aquilo declara: “Deixai vir a mim os pequeninos porque dos tais é o reino de Deus, pois quem não receber o reino de Deus como uma criança não poderá entrar nele.” Assim, Jesus qualifica quem irá habitar no reino de Deus e determina um padrão para entrar nele: ser como uma criança.
Quem quer entrar no reino de Deus? Mas, quem quer ser como criança?
- Ser criança é ir com o pai para onde ele determinar ainda que não concorde.
- Ser criança é comer o que é oferecido pelo pai ainda que o sabor não agrade. É vestir a roupa que não escolheu e não se importar com isso.
- Ser criança é poder chorar sem embaraço. E, se tiver medo, se esconder debaixo das grandes pernas do pai sem constrangimento nenhum.
- Ser criança é não ter vergonha de reconhecer com sinceridade o erro e, em seguida dizer: “eu te amo”.
- Ser criança é ter a habilidade de pedir desculpa para o coleguinha que ofendeu e recuperar o melhor amigo em cinco minutos, porque foi assim que o pai ensinou.
- Ser criança é viver um dia de cada vez e nem saber que existe amanhã.
- Ser criança é deitar e dormir, tendo a certeza que o pai vai estar lá ao acordar.
- Ser criança é acreditar sem saber explicar por que se acredita. É amar porque amar é bom. E, abraçar muito!
- Ser criança é não ter identidade própria e ter a maior alegria quando escuta: “você é a cara do seu pai!”.
Este é o povo que povoa o céu: os pequeninos filhos de Deus. Simples assim! Aí, a gente complica, começa a querer crescer e se tornar independente. Esquecemos que com a independência vem as contas para pagar. E, elas custam caro… Custa sangue. Bom é que podemos correr e voltar para a casa e o colo do Pai e continuar eternas crianças. Aleluias!
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome” (João 1.12).
:: Nilma Gracia Araujo