terça-feira, novembro 08, 2011

Barriga de aluguel vira negócio e provoca a indignação

Barriga de aluguel é um recurso proibido no Brasil. Mas nos EUA o recurso já virou negócio lucrativo para algumas mulheres. Um caso famoso é do cantor porto-riquenho Ricky Martin, que se assumiu gay ano passado. Ele teve gêmeos através de uma barriga de aluguel no ano de 2008 e segundo informações este não era o primeiro trabalho da mulher. Ela já tinha tido outros dois partos. Na época a informação foi divulgada através do site TMZ, que informou ainda que a mulher trabalhava em uma agência especializada.

Um caso curioso em Nova York há duas semanas, foi do casal homossexual, Farid Ali Lancheros e George Constantinou. Eles reuniram parentes e amigos para o chá de bebê de seus filhos gêmeos e no salão um cartaz em tamanho real apresentando a mulher alugada para o trabalho de gestação. A cena provocou a indignação de cristãos em todo o mundo.

“O que os especialistas chamam de transformação da família americana, está me parecendo comercio humano”, comentou um cidadão de Nova York. Gustavo e Milena, os bebês gerados por inseminação artificial, nascerão nos próximos dias e para Constantinou eles formarão a verdadeira família moderna, comentou dando alusão ao seriado “Modern Family” um hit da TV, no qual um casal gay adota uma menina. Nos Estados Unidos, estima-se que 1,2 milhão de crianças vivam em famílias com pai ou mãe homossexual.

Farid e George teriam procurado uma agência especializada, entre o valor pago à gestante e à doadora dos óvulos (uma mulher latina), mapeamento genético, plano de saúde, despesas de viagem, pagamento de advogados, eles investiram cerca de US$ 160 mil.

No Brasil o crime tem sido anunciado com frequência, já tem casos de mulheres que sem saber das restrições legais anunciaram em jornais ou revistas. O portal O Verbo investigou e recebeu por e-mail informações sobre ligações telefônicas com “barriga de aluguel”, que teria pedido benefícios e adiantamento no pagamento além de pedir sigilo.

“Estou cobrando R$ 150 mil. Está tudo incluído, cuidados, exames, tratamento. Mas isso é só entre nós e eu quero adiantado”, disse uma mulher, por telefone.

A lei prevê até oito anos de reclusão para quem comprar ou vender qualquer parte do corpo. Infelizmente a lei não é precisa, deixa a desejar quanto ao cumprimento da mesma. E para o médico o Conselho Federal de Medicina prevê a cassação de sua licença médica caso seja comprovado o envolvimento.

Para especialistas o aluguel da barriga não se classifica nesta lei, pois pode se alegar que não há venda do corpo, mas apenas o aluguel temporário, o que a legislação não abrange.

No Brasil só é permitido a barriga de aluguel em caso de parentesco em primeiro ou segundo grau, sem a negociação em financeira.

O Verbo