segunda-feira, novembro 14, 2011

A alegria de dizimar na Casa do Senhor

Testemunho do fé


Ouço bastante e confesso que muitas vezes repeti para mim mesma a seguinte frase: “O diabo tenta de todas as maneiras fazer com que o crente não dizime. É muita luta, muito difícil ser um dizimista fiel”. E essa falsa convicção se prolongou por alguns meses na minha mente após minha conversão, inclusive, nas primeiras vezes em que ia “dar à igreja” a décima parte do meu “suado” trabalho.

Até que, em um belo dia, ou melhor, em uma bela noite, Deus usou a vida de uma colega de profissão enquanto pegávamos o mesmo ônibus. Dentre vários assuntos comuns ao diálogo de duas jornalistas, uma (eu) recém formada e a outra na véspera da formatura, adentramos o assunto “igreja”, especificamente, o tema Dízimos $ Ofertas, tão polêmico dentro e fora das quatro paredes dos templos. 

Enquanto alegremente ela exprimia sua gratidão a Deus por, à exemplo da Bíblia que narra a multiplicação dos cinco pães e dois peixes feita por Jesus, Ele em sua história também operou milagres. Cada testemunho e experiência que ouvia a respeito da fidelidade de Deus em sua vida, fizeram-me relembrar minha própria história. 

Era como se por alguns momentos estivéssemos naquele ônibus só Deus e eu, e um filme (na época não em 3D) passava à minha frente. Ao descer, após despedir-me, uma gratidão e alegria tomaram conta de mim. Foi além de recordar quantas vezes Deus capacitou pessoas a semear na minha vida e família. Foi mais que isso, um mover no meu coração, uma convicção de que o ato de dizimar e ofertar não é entregar nada à alguém ou à igreja, mas sim, devolver ao Senhor, em reconhecimento por tudo que Ele tem feito, faz e ainda fará. 

Desde aquele dia, vejo como um triste engano das trevas acreditar que o diabo tenta a todo custo impedir que dizime ou oferte. Na verdade, dizimar procede de um mandamento bíblico, descrito além de outras passagens, em Malaquias 3.10, que diz: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.” Desde o Éden, o objetivo da “serpente” não é fazer-nos comer o fruto da árvore proibida. 

O propósito do diabo é nos fazer desobedecer a vontade e desígnios de Deus. Em desobediência perdemos a bênção do Senhor. Assim, cada um de nós somos tentados pelo inimigo naquilo que somos mais provados. Na época, meu coração foi posto a prova por Deus. Será que verdadeiramente estava semeando com liberalidade ou simplesmente cumprindo um ritual eclesiástico? Quando por meio daquela envolvente conversa da minha colega o Espírito Santo ministrou ao meu coração, algo sobrenatural não apenas revelou como transformou minha motivação. Algo gerado por Deus saltou aos meus olhos e desde então as escamas caíram. 

Hoje, cada vez que chega o salário, ainda “suado”, mas, recebido pela graça de Deus, reconheço que tudo que tenho e sou vem do meu Senhor, e nada que faça e nem mais que a décima parte do que recebo recompensaria o que Ele tem feito por mim. Dizimar deixou de ser um ato mecânico e passou a ser minha motivação. Se pudesse, entraria na igreja dançando para dizimar como em um vídeo que vi de alguns irmãos. Mas essa fica para outra história!

:: Thalita Daher